Estratégias de Ensino

A IMPORTÂNCIA DO PLANO DE AULA

A realização do planejamento é imprescindível 
no processo de ensino-aprendizagem

    O planejamento está presente em quase todas as nossas ações, pois ele norteia a realização das atividades. Portanto, o mesmo é essencial em diferentes setores da vida social, tornando-se imprescindível também na atividade docente. 
     O planejamento de aula é de fundamental importância para que se atinja êxito no processo de ensino-aprendizagem. A sua ausência pode ter como consequência, aulas monótonas e desorganizadas, desencadeando o desinteresse dos alunos pelo conteúdo e tornando as aulas desestimulantes. 
    De acordo com Libâneo “o planejamento escolar é uma tarefa docente que inclui tanto a previsão das atividades didáticas em termos de organização e coordenação em face dos objetivos propostos, quanto a sua revisão e adequação no decorrer do processo de ensino”. Portanto, o planejamento de aula é um instrumento essencial para o professor elaborar sua metodologia conforme o objetivo a ser alcançado, tendo que ser criteriosamente adequado para as diferentes turmas, havendo flexibilidade caso necessite de alterações. 
    Porém, apesar da grande importância do planejamento de aula, muitos professores optam por aulas improvisadas, o que é extremamente prejudicial no ambiente de sala de aula, pois muitas vezes as atividades são desenvolvidas de forma desorganizada, não havendo assim, compatibilidade com o tempo disponível. 

Entre os elementos que devem compor um plano de aula estão: 

- clareza e objetividade; 
- Atualização do plano periodicamente; 
- Conhecimento dos recursos disponíveis da escola; 
- Noção do conhecimento que os alunos já possuem sobre o conteúdo abordado; 
- Articulação entre a teoria e a prática; 
- Utilização de metodologias diversificadas, inovadoras e que auxiliem no processo de ensino-aprendizagem; 
- Sistematização das atividades com o tempo; 
- Flexibilidade frente a situações imprevistas; 
- Realização de pesquisas buscando diferentes referências, como revistas, jornais, filmes entre outros; 
- Elaboração de aulas de acordo com a realidade sociocultural dos estudantes. 

    Portanto, o bom planejamento das aulas aliado à utilização de novas metodologias (filmes, mapas, poesias, músicas, computador, jogos, aulas práticas, atividades dinâmicas, etc.) contribui para a realização de aulas satisfatórias em que os estudantes e professores se sintam estimulados, tornando o conteúdo mais agradável com vistas a facilitar a compreensão.

Por Wagner de Cerqueira e Francisco
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Arrumando a Biblioteca
Diferentes espaços proporcionam diferentes atividades
     Com tanto estímulo audiovisual, as crianças de hoje não ligam muito para os livros, preferindo os mini-games, vídeo games e computadores. 
A escola tem o papel de desenvolver nos alunos o gosto pela leitura, mantendo uma biblioteca interativa, a fim de chamar a atenção dos estudantes, de proporcionar momentos agradáveis, de contação de histórias, de oficina de teatro, estimulando a criatividade dos mesmos, assim como as descobertas que o mundo literário pode trazer. 
Na maioria das escolas, a biblioteca é só mais um espaço de visitas semanais, onde os alunos escolhem um livro e sentam-se individualizados, fazendo a leitura silenciosa do livro escolhido e sendo reforçados quanto à questão do silêncio que se deve manter no local. 
Mas será que dessa forma a leitura pode se tornar um elemento agradável e que complementa as aprendizagens do aluno? Ou será apenas mais uma forma rígida de obrigar os alunos a escolherem um livro, que muitas vezes não tem significado para sua vida? 
Dentro dessa visão, é preciso repensar a estrutura da biblioteca escolar, a fim de torná-la um espaço de troca de experiências, de novas formas de lidar com a leitura, de circulação do conhecimento - já que nela está um tão rico acervo bibliográfico.
Para isso, a equipe de professores deverá se reunir com coordenação e direção da escola, a fim de traçar as novas direções para a biblioteca, quais os objetivos que pretendem atingir através desse espaço, sempre voltados para o objetivo principal: fazer com que os alunos criem o hábito de leitura.
Antes de iniciarem as alterações no espaço, passeie com os alunos pelo mesmo questionando-os sobre o que poderia mudar no local, como gostariam que fosse aquele lugar, pois dessa forma perceberão que a biblioteca ganhará novo perfil, atribuindo-lhe um novo conceito, que deverá ser trabalhado em discussões na sala de aula.
Pensar no perfil que se dará à biblioteca também é fundamental: a divisão dos ambientes, um espaço para contação de histórias, um mural (varal) para trabalhos baseados em livros, muitos fantoches, um baú de faz de conta – com fantasias, acessórios, pedaços grandes de tecidos, utensílios de cozinha, maquiagem – e um pequeno palco para apresentações, que juntos darão movimento à biblioteca, assim como tem movimento os jogos eletrônicos e o computador.
Uma aparelhagem de áudio e vídeo também servirá para enriquecer os trabalhos desenvolvidos no espaço, motivando os alunos a fazerem pequenas apresentações.
A liberdade do uso do local deve ser trabalhada em sala de aula, a fim de amenizar a ansiedade e mostrar aos alunos a importância de serem responsáveis quanto à ordem e à conservação dos novos materiais, além dos livros.
Nas primeiras visitas os professores devem propor um roteiro, dividindo a turma em pequenos grupos, de acordo com os espaços criados na biblioteca. Porém, nas visitas subsequentes, devem deixar a atividade seguir livremente, a fim de estimular a criatividade dos alunos.
Durante as visitas à nova biblioteca, o professor terá o papel de dividir as tarefas com a bibliotecária, orientando os alunos nas atividades, dividindo de forma justa os materiais, solicitando a organização dos mesmos antes de bater o sinal para o término da aula, etc. Mas o fundamental será fazer anotações, relatórios de como as crianças e os adolescentes estão utilizando o local, até mesmo registrando suas falas, para serem discutidas depois com a equipe da escola.
Com isso, os profissionais encontram meios para qualificar o trabalho, assim como mudam os conceitos dos alunos (pré-estabelecidos) de um momento na biblioteca da escola. Com certeza, o prazer pelo ambiente favorecerá o gosto pela leitura e também pelas diversas atividades que podem ser realizadas no local.
E a biblioteca deixa de ser aquele espaço poeirento, fechado, chato, onde não se pode conversar, ganhando movimento e vida.
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola