setembro 05, 2012

Realidade das Escolas nas redes sociais

Isadora criou página para que problemas da escola fossem resolvidos

Isadora criou página para que problemas da escola fossem resolvidos. Foto: Reprodução

Fabricio Escandiuzzi
Direto de Florianópolis
Após a polêmica causada por uma aluna de 13 anos que criou um perfil no Facebook para mostrar os problemas em sua escola, o professor de matemática criticado pela menina Isadora Faber acabou afastado das funções pela secretaria municipal de Educação de Florianópolis.
A decisão foi confirmada pelo próprio órgão. Faber escreveu que o professor teria "dificuldades" em ensinar a matéria.
Em seu perfil Diário de Classe, a estudante começou mostrando maçanetas quebradas, fios de eletricidade expostos e outros problemas na escola municipal Maria Tomázia Coelho, na capital catarinense. Aos poucos, os problemas foram sendo resolvidos. Até a última quinta-feira, mais de 180 mil internautas haviam curtido a página da menina.
A secretaria de Educação elogiou a "postura crítica" da menina e retomou as reformas na escola.
O Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis (Sintrasem), divulgou uma nota criticando a repercussão do caso. Para os sindicalistas, as escolas públicas enfrentariam os "mesmos problemas" e que isso não prejudicaria o trabalho dos servidores.
A prefeitura retomou as reformas e deve concluir as obras até o próximo dia 14 de setembro. A cobertura da quadra, entretanto, só deve ser incluída no orçamento de 2013.

http://noticias.terra.com.br/educacao/noticias/0,,OI6117194-EI8266,00-SC+professor+criticado+por+estudante+no+Facebook+e+afastado.html

março 31, 2012

Hábito de leitura cai no Brasil, revela pesquisa

Parcela de leitores passou de 55% para 50% da população entre 2007 e 2011. Até entre crianças e adolescentes, que leem por dever escolar, houve redução

 

Nathalia Goulart

Thinkstock

(Thinkstock)

 

O brasileiro está lendo menos. É isso que revela a pesquisa Retrato da Leitura no Brasil, divulgada nesta quarta-feira pelo Instituto Pró-Livro em parceria com o Ibope Inteligência. De acordo com o levantamento nacional, o número de brasileiros considerados leitores – aqueles que haviam lido ao menos uma obra nos três meses que antecederam a pesquisa – caiu de 95,6 milhões (55% da população estimada), em 2007, para 88,2 milhões (50%), em 2011.

A redução da leitura foi medida até entre crianças e adolescentes, que leem por dever escolar. Em 2011, crianças com idades entre 5 e 10 anos leram 5,4 livros, ante 6,9 registrados no levantamento de 2007. O mesmo ocorreu entre os pré-adolescentes de 11 a 13 anos (6,9 ante 8,5) e entre adolescente de 14 a 17 (5,9 ante 6,6 livros).

Para Marina Carvalho, supervisora da Fundação Educar DPaschoal, que trabalha com programas de incentivo à leitura, uma das razões para a queda no hábito de leitura entre o público infanto-juvenil é a falta de estímulos vindos da família. “Se em casa as crianças não encontram pais leitores, reforça-se a ideia de que ler é uma obrigação escolar. Se existe uma queda no número de leitores adultos, isso se reflete no público infantil”, diz a especialista. “As crianças precisam estar expostas aos livros antes mesmo de aprender a ler. Assim, elas criam uma relação afetuosa com as publicações e encontram uma atividade que lhes dá prazer.”

O levantamento reforça um traço já conhecido entre os brasileiros: o vínculo entre leitura e escolaridade. Entre os entrevistados que estudam, o percentual de leitores é três vezes superior ao de não leitores (48% vs. 16%). Já entre aqueles que não estão na escola, a parcela de não leitores é cerca de 50% superior ao de leitores: 84% vs. 52%.

Outro indicador revela a queda do apreço do brasileiro pela leitura como hobby. Em 2007, ler era a quarta atividade mais apreciada no tempo livre; quatro anos depois, o hábito caiu para sétimo lugar. Antes, 36% declaravam enxergar a leitura como forma de lazer, parcela reduzida a 28%.

À frente dos livros, apareceram na sondagem assistir à TV (85% em 2011 vs. 77% em 2007), escutar música ou rádio (52% vs. 54%), descansar (51% vs. 50%), reunir-se com amigos e família (44% vs. 31%), assistir a vídeos/filmes em DVD (38% vs. 29%) e sair com amigos (34% vs. 33%). "No século XXI, o livro disputa o interesse dos cidadãos com uma série de entretenimentos que podem parecer mais sedutores. Ou despertamos o interesse pela leitura, ou perderemos a batalha", diz Christine Castilho Fontelles, diretora de educação e cultura do Instituto Ecofuturo, que há 13 anos promove ações de incentivo a leitura.

Um levantamento recente do Ecofuturo revelou a influência das bibliotecas sobre os potenciais leitores. De acordo com o levantamento, estudantes de escolas próximas a bibliotecas comunitárias obtêm desempenho superior ao de alunos que frequentam regiões sem biblioteca. Nesses casos, o índice de aprovação chega a ser 156% superior, e a taxa de abandono cai até 46%. "Ainda temos uma desafio grande a ser enfrentado, já que grande parte das escolas da rede pública não contam com biblioteca." Uma lei aprovada em 2010 obriga todas as escolas a ter uma biblioteca até 2020. Na época, o movimento independente Todos Pela Educação estimou que, para cumprir com a exigência, o país teria de erguer 24 bibliotecas por dia.

A pesquisa Retrato da Leitura no Brasil foi realizada entre 11 de junho e 3 de julho de 2011 e ouviu 5.012 pessoas, com idade superior a 5 anos de idade, em 315 municípios. A margem de erro é de 1,4 ponto percentual.

 

In: http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/habito-de-leitura-no-brasil-cai-ate-entre-criancas

Também em educação física, NE está atrás do Brasil

Ensino público

Metade das escolas das redes municipal e estadual da região não possui sequer espaço destinado à prática de exercícios. A médica nacional é de 30%

                                                                                                       Nathalia Goulart

 

Pesquisa inédita revela como é o ensino da educação física nas escolas públicas

Pesquisa inédita revela como é o ensino da educação física nas escolas públicas (Thinkstock)

 

Não é novidade que a região Nordeste apresenta índices educacionais alarmantes. Ao fim do 3º ano do ensino fundamental, ou seja, no período de alfabetização, 78,7% dos estudantes da rede pública ainda não dominam competências básicas de escrita.  Do ensino médio, 93,2% saem sem saber o que deveriam. Outro dado divulgado nesta quarta-feira, em São Paulo, reforça a distância entre as unidades públicas de ensino da região e do restante do Brasil (cujo desempenho, vale lembrar, também é sofrível): 51% das escolas das redes municipal e estadual do Nordeste não possuem um espaço destinado à prática de educação física. A médica nacional de escolas com essa deficiência é de 30%. Mais: 74% dos professores da disciplina que não cursaram a universidade atuam na região.

O levantamento Educação Física nas Escolas Públicas Brasileiras é resultado de uma parceria entre Ibope, Instituto Ayrton Senna, Instituto Votorantim e ONG Atletas pela Cidadania. Os melhores índices relativos a infraestrutura foram registrados na região Sul, onde apenas 11% das instituições de ensino não possuem espaço dedicado à educação física. No Sudeste, o número é semelhante: 14%.

"Apesar de o cenário ser otimista em algumas regiões do Brasil, ainda é alarmante a disparidade constatada", diz Ana Lúcia Lima, diretora executiva do Instituto Paulo Montenegro/Ibope.

Nas unidades localizadas em áreas urbanas, a falta de espaço atinge 19% das escolas, enquanto na zona rural chega a 50%.

Apesar da diferença de infraestrutura entre as regiões, a prática dos professores se revelou bastante similar. Dos 50 minutos de aula, apenas 58% do tempo – ou 29 minutos – é utilizado para atividades físicas propriamente. "O dado nos leva refletir sobre muitas hipóteses, como problemas de planejamento e metodologia ou a falta de equipamentos", diz trecho do estudo, que mostra que 13% das escolas públicas pesquisadas não possuem sequer uma bola de futebol, 45% não têm quadra poliesportiva e 56% não dispõem de vestiários.

Um das surpresas positivas da pesquisa é o percentual relativamente alto de professores com formação superior. Noventa por cento deles concluíram a graduação ou pós, em cursos de especialização e mestrado. Apenas 6% pararam no ensino médio. Entre os que chegaram à universidade, 83% se formaram em educação física, 13% em pedagogia, 4% em dança e outros 4% em gestão escolar. Outra surpresa: 74% se mostraram muito satisfeitos com a carreira.

Para Viviane Senna, presidente do Instituto Ayrton Senna, o preparo e o entusiasmo dos professores são animadores. Contudo, cabe um alerta. "Infelizmente ainda temos dificuldades em transformar a motivação e o estudo desses profissionais em resultados concretos para o esporte e a educação do país. Não podemos nos focar apenas nos insumos, precisamos também colocar energia nos resultados", afirmou Viviane.

Ana Moser, uma das fundadoras da ONG Atletas para Cidadania, ressaltou que os eventos esportivos que o Brasil sediará nos próximos anos são uma oportunidade para discutir a qualidade da educação física na rede pública. "O esporte dentro do âmbito escolar ainda é um assunto pouco tratado e essa pesquisa vem para legitimar esse debate. Vivemos um tempo único para o esporte brasileiro e precisamos pensar no legado social que a Copa do Mundo e as Olimpíadas deixarão para o país."

fevereiro 27, 2012

Novo piso nacional para professores é de R$ 1.451

Segundo o Ministério da Educação, aumento é de 22,22% em relação a 2011

 

O MEC (Ministério da Educação) divulgou, nesta segunda-feira, o novo piso salarial para professores de escolas públicas do país. O valor é de R$ 1.451, que representa um aumento de 22,22% em relação a 2011.
Conforme determina a lei que criou o piso, o reajuste foi calculado com base no crescimento do valor mínimo por aluno do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica) no mesmo período.
A Lei do Piso determina que nenhum professor pode receber menos do que o valor determinado por uma jornada de 40 horas semanais. Questionada na Justiça por governadores, a legislação foi confirmada pelo Supremo Tribunal Federal no ano passado.

Entes federados argumentam que não têm recursos para pagar o valor estipulado pela lei. O dispositivo prevê que a União complemente o pagamento nesses casos, mas, desde 2008, nenhum estado ou município recebeu os recursos porque, segundo o MEC, não conseguiu comprovar a falta de verbas para esse fim.
Em 2011, o piso foi R$1.187 e em 2010, R$ 1.024. Em 2009, primeiro ano da vigência da lei, o piso era R$ 950. Alguns governos estaduais e municipais criticam o critério de reajuste e defendem que o valor deveria ser corrigido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor, como ocorre com outras carreiras.
Na Câmara dos Deputados, tramita um projeto de lei que pretende alterar o parâmetro de correção do piso para a variação da inflação. A proposta não prosperou no Senado, mas na Câmara recebeu parecer positivo da Comissão de Finanças e Tributação.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação prepara uma paralisação nacional dos professores para os dias 14,15 e 16 de março com o objetivo de cobrar o cumprimento da Lei do Piso.

Fonte: http://noticias.r7.com/vestibular-e-concursos/noticias/mec-divulga-novo-piso-salarial-para-professores-20120227.html

janeiro 16, 2012

Todos juntos e misturados na escola

Em SP, escolas oferecem ensino interdisciplinar; no Rio, crianças de várias idades dividem espaço

                              

                                                                        Carolina Benevides / Marcelle Ribeiro

 

RIO e SÃO PAULO - Cerca de cem colégios brasileiros estudam a adoção de projetos pedagógicos inspirados numa escola pública de Portugal considerada revolucionária. Na Escola da Ponte, localizada na cidade do Porto, não há séries, turmas ou salas de aula tradicionais. Os alunos, de idades diferentes e sentados em grupos de mesas, são os que definem a ordem dos estudos e como serão avaliados. Para melhorar a educação, algumas escolas brasileiras já derrubaram paredes, literalmente.

A mudança na escola pública portuguesa aconteceu na década de 1970. Atualmente, o ex-diretor da Escola da Ponte José Pacheco se prepara para ampliar a divulgação do projeto, que pretende tornar alunos e professores mais autônomos e participativos no projeto de aprendizagem. Pacheco pretende criar em Cotia, em São Paulo, um centro de referência para formação de professores e vai voltar à sala de aula à frente de uma escola gratuita que começará a funcionar na cidade no próximo período letivo. Além disso, ele e sua equipe acompanham regularmente cerca de cem colégios brasileiros que de alguma maneira pensam em mudanças.

— Os educadores brasileiros já perceberam que as escolas, do jeito que funcionam, na verdade, não funcionam, produzem ignorância. Alguns enxergam na Ponte uma mudança como a que tem que acontecer no sistema educacional brasileiro — afirma José Pacheco.

Segundo Pacheco, 20 dessas escolas, públicas e particulares, estão mais avançadas nesse sentido, principalmente nos estados de Minas Gerais, Porto Alegre, Paraná e São Paulo.

 

Alunos podem tirar dúvidas de estudantes do seu grupo

 

Entre elas estão dois colégios municipais de ensino fundamental da capital paulista: o Amorim Lima e o Campos Salles. Nos dois, a mudança foi tão radical que incluiu a derrubada de paredes. Mas, para respeitar as normas do governo brasileiro, as séries não foram abolidas, como aconteceu na Escola da Ponte.

Na escola Amorim Lima, sete salas de aula viraram dois salões, sendo que o maior comporta até 105 alunos. Em cada um dos salões, as carteiras dos alunos não ficam uma atrás da outra, mas sim arrumadas em círculos, cada círculo com cinco alunos. Ao mesmo tempo, pode haver alunos de séries diferentes, cada um estudando um assunto diferente de uma disciplina diferente. Todos que estão no salão aprendem usando como base roteiros de pesquisa interdisciplinares.

Num salão, como os da escola Amorim Lima, o quadro negro é pouco usado e os professores — um para cerca de 30 alunos — estão ali para tirar dúvidas, e o professor de uma disciplina pode ser chamado para tirar dúvida sobre outra disciplina.

— A ideia é que o estudante que tiver dúvidas peça ajuda a outro integrante de seu grupo. Se ele não souber, pede ajuda ao professor. Se o professor que o atender não souber, ele pede ajuda a outro professor — explica a diretora da escola Amorim Lima, Ana Elisa Siqueira.

Além disso, são programadas "oficinas" semanais, que podem ser aulas expositivas, feitas em outros espaços. O desenvolvimento dos alunos é acompanhado de perto pelos tutores. Cada aluno tem um tutor que, em reuniões semanais, conversa sobre as dificuldades encontradas e os avanços.

Aluno do 7 série do ensino fundamental, na escola Amorim Lima, Luca Mazzola, de 13 anos, faz algumas críticas ao método:

— Acho que aqui os alunos estão num nível um pouco abaixo de aprendizado do que na escola particular em que eu estudava antes. É ruim os alunos não aprenderem as mesmas coisas ao mesmo tempo.

Na escola Campos Salles, os alunos de séries diferentes não foram misturados nos salões. Também há roteiros de estudo, grupos e tutores, além de uma comissão para mediar conflitos formada por 12 alunos e monitorada por um professor. Quem explica o funcionamento é Keila Ramos Verdelho, de 9 anos, aluna da 3 série:

— Quando um aluno está mal na escola ou está bagunçando, reunimos a comissão mediadora. A gente conversa e dá chances para a pessoa melhorar. Se ela não melhora, a gente faz reunião com os pais e o diretor — conta Keila: — Uma vez, chamamos uma mãe para conversar e ela disse que não falaria com crianças. Aí, o diretor disse que ou ela conversava com a gente ou não conversava com ninguém. O problema foi resolvido.

Desde que a escola mudou o sistema de ensino, em 2006, as média obtidas no Índice de Desenvolvimento de Educação Básica (Ideb) — criado pelo Ministério da Educação para medir a qualidade da educação — , melhoraram e ultrapassaram as metas previstas pelo governo.

— Mas o que mais tem valor para nós é que antes nós perguntávamos para um aluno da 8 série sobre as perspectivas de vida dele e víamos que ele não sonhava. Hoje mudou tudo, eles sonham em fazer faculdade — afirma o diretor da escola Campos Salles, Braz Rodrigues Nogueira.

 

No Rio, crianças de diferentes idades juntas

 

No Rio, crianças matriculadas na Escola Edem podem ter a experiência de conviver com alunos de várias idades. Para isso, precisam frequentar o horário extensivo, oferecido para crianças de 1 a 10 anos.

— Os pais podem matricular seus filhos na série regular, por exemplo, no turno da tarde e deixá-los na escola de manhã fazendo várias atividades extracurriculares. Então, eles são divididos em dois grupos: um para crianças de 1 a 5 anos e outro para as que têm entre 6 e 10 anos — conta Claudia Fenerich, assessora pedagógica da escola:

— Não é um aprendizado formal, ainda que as crianças tenham ajuda para fazer o dever de casa. Durante esse horário extensivo, elas têm atividades como natação, teatro e inglês e participam de passeios. O interessante é que os maiores ajudam aos menores, os menores se espelham nos maiores, elas crescem com mais autonomia, têm muita interação social.

— Esse contato com diferentes idades faz com que a criança seja mais solidária e amadureça. Além de proporcionar um grande número de amizades — diz Ana Bezerra, mãe de Carolina, de 11 anos, e que, desde os 4, frequentou o Horário Extensivo.

Mãe de um menino de 8 anos, Rosana Soares Zouain conta que, há dois anos, optou pelo horário extensivo para não deixá-lo em casa com uma babá:

— Achei mais interessante e não me arrependi. O Lucas era muito tímido e a convivência com crianças de várias idades fez ele ficar mais despachado.

Na Escola Sá Pereira, alunos matriculados no ensino infantil também podem conviver com crianças de várias idades:

— Temos essa estratégia de atendimento há tempos e percebemos que as crianças se tornam mais flexíveis, solidárias, tolerantes e com mais capacidade para desenvolver a cooperação — conta Maria Teresa Moura, diretora da Sá Pereira.

 

URL: http://glo.bo/xNO6gq

 

Notícia publicada em 15/01/12 - 23h30Atualizada em 15/01/12 - 21h44Impressa em 16/01/12 – 09h09

 

In: http://oglobo.globo.com/educacao/todos-juntos-misturados-na-escola-3677448

 

janeiro 03, 2012

Mínimo investido por ano em aluno do ensino público básico sobe para R$ 2.096

O valor mínimo investido pelos governos por aluno do ensino básico público por ano será de R$ 2.096,68 em 2012. O total, divulgado na semana passada pelo MEC (Ministério da Educação), é 21,75% maior que o de 2011, quando o investimento mínimo foi de R$ 1.722,05.

Esse valor é referente às séries iniciais do ensino fundamental de áreas urbanas e os Estados têm liberdade para investirem valores acima dele. Aqueles que não conseguem atingir este patamar recebem complementação do governo federal, por meio do Fundeb (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais de Educação).

Este ano, segundo a tabela publicada pelo MEC, recebem a ajuda da União Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Piauí e Pernambuco. Segundo a memória da lei orçamentária apresentada em setembro ao Congresso, Minas Gerais e Paraná também iriam receber a complementação. No entanto, segundo Vander Borges, coordenador-geral de operacionalização do Fundeb, na época, haviam sido utilizados dados desatualizados. Os valores são determinados a partir do Censo Escolar. Ainda segundo Borges, a complementação de receitas chegará, em 2012, a R$ 9,4 bilhões.

Investimento por aluno

O valor investido por aluno já era considerado insuficiente para uma educação de qualidade em 2011. Cálculos do CAQi (Custo Aluno Qualidade Inicial), índice elaborado pela Campanha Nacional pelo feitos com base no PIB (Produto Interno Bruto), mostram que o valor no ano passado já deveria ser de, no mínimo, R$ 2.194,56. (CNTE, com informações do UOL EDUCAÇÃO, 02/01/12)
 

 

Valor investido por Estado (em R$)

 

 

UF

Fundamental
Iniciais/Urbano

Fundamental
Finais/Urbano

Médio
Urbano

Acre

2.626,36

2.888,99

3.151,63

Alagoas

2.096,68

2.306,35

2.516,02

Amazonas

2.096,68

2.306,35

2.516,02

Amapá

2.871,54

3.158,69

3.445,85

Bahia

2.096,68

2.306,35

2.516,02

Ceará

2.096,68

2.306,35

2.516,02

Distrito Federal

2.670,70

2.937,77

3.204,84

Espírito Santo

2.831,67

3.114,84

3.398,00

Goiás

2.534,87

2.788,35

3.041,84

Maranhão

2.096,68

2.306,35

2.516,02

Minas Gerais

2.288,64

2.517,50

2.746,37

Mato Grosso do Sul

2.477,02

2.724,72

2.972,42

Mato Grosso

2.121,10

2.333,21

2.545,32

Pará

2.096,68

2.306,35

2.516,02

Paraíba

2.096,68

2.306,35

2.516,02

Pernambuco

2.096,68

2.306,35

2.516,02

Piauí

2.096,68

2.306,35

2.516,02

Paraná

2.226,51

2.449,16

2.671,81

Rio de Janeiro

2.483,25

2.731,57

2.979,90

Rio Grande do Norte

2.106,34

2.316,98

2.527,61

Rondônia

2.428,84

2.671,73

2.914,61

Roraima

3.531,27

3.884,39

4.237,52

Rio Grande do Sul

2.913,05

3.204,36

3.495,67

Santa Catarina

2.609,79

2.870,77

3.131,75

Sergipe

2.447,12

2.691,83

2.936,55

São Paulo

3.192,81

3.512,09

3.831,37

Tocantins

2.671,98

2.939,18

3.206,38

 

Fonte: http://www.sintepp.org.br/v2011/noticias/imprimir.php?id_noticia=115

janeiro 02, 2012

2012 : O Ano Extraordinário

 

Apenas para lembrar que a vida é fundamento básico para a unidade cósmica.

De que há alguém no controle.

E que nossos atos, todos eles, têm influência enorme nos destinos da humanidade.

Ainda para lembrar que estamos sempre com o controle de nossas vidas.

E que podemos ser felizes.

Um maravilhoso 2012 a todos!